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Cirurgias

Cirurgias de Retina e Vítreo

Diversas patologias podem acometer a retina e necessitar de correção cirúrgica. Dentre elas as mais comuns são:

  • Degeneração macular relacionada a idade
  • Retinopatia diabética
  • Descolamento de retina
  • Membrana epirretiniana
  • Buraco macular.

1 – Degeneração macular relacionada a idade:

Existem duas formas da Degeneração macular relacionada a idade: forma seca e forma úmida ou exsudativa.

FORMA SECA:
Caracteriza-se por determinar baixa de visão e curso da doença lentamente progressivo. O tratamento preventivo deve ser feito com polivitamínicos com ação antioxidante diariamente conforme estudo AREDS. (http://www.nei.nih.gov/amd/summary.asp)

FORMA ÚMIDA OU EXSUDATIVA:
Caracteriza-se pela baixa de visão rápida e, geralmente, importante causada pela presença de membrana neovascular na região central da visão.
O tratamento cirúrgico é indicado e consiste em injeções intravítreas de anti-VEGF. Este procedimento é realizado mensalmente até a terceira injeção, sendo as demais aplicadas conforme a persistência de atividade da membrana neovascular. O acompanhamento destes casos deve ser através de avaliações clínicas e tomografias oculares (OCT). O objetivo inicial do tratamento é a estabilização da doença, evitando desta forma a piora progressiva da visão. Alguns casos, no entanto, evoluem com ganho de visão (8-15 letras).

2 – Retinopatia Diabética:

O envelhecimento progressivo da população, somado ao aumento da expectativa de vida tem determinado um aumento na incidência da DM em todo mundo. A retinopatia diabética consiste em uma das complicações microvasculares da doença que determina baixa de visão, podendo determinar, nos estágios finais a cegueira. Uma vez que o desenvolvimento e progressão da retinopatia diabética é por diversas vezes silencioso, recomenda-se que o mapeamento de retina seja feito, rigorosamente, uma vez ao ano em todos os pacientes portadores de DM para evitar progressão desfavorável. O tratamento para retinopatia diabética inclui:

  • Fotocoagulação a laser;
  • Injeção intravítrea de anti-VEGF e/ou Triamcinolona;
  • Cirurgia vitreorretiniana.

A fotocoagulação a laser consiste em procedimento ambulatorial, realizado com uso de anestesia tópica. Determina desconforto leve e baixa de visão temporária após o procedimento, sendo recomendado a presença de acompanhante, por este motivo. A fotocoagulação consiste no tratamento clássico e eficiente para controle da retinopatia diabética.

As injeções intravítreas (de anti-VEGF ou triamcinolona) consistem em injeções intraoculares cuja principal indicação são: edema macular diabético, retinopatia diabética proliferativa avançada, glaucoma neovascular secundário a retinopatia diabética. Devem ser realizadas em ambiente asséptico (centro cirúrgico) e a frequência de aplicações é variável para cada caso. Tem sido utilizadas como um importante adjuvante na terapia da retinopatia diabética, possibilitando melhor prognóstico visual.

A cirurgia vitreorretiniana é reservada para casos avançados como hemorragias vítreas, trações vitreorretinianas, edemas maculares persistentes e/ou descolamentos de retina tracionais. O prognóstico é variável para cada caso. A cirurgia é de alta complexidade, devendo ser realizada somente por profissional com treinamento específico para a mesma.

3 – Descolamento de retina

O descolamento de retina determina baixa de visão parcial ou total, dependendo da extensão e localização do descolamento.
Uma vez identificada, a cirurgia de descolamento de retina deve ser feita o mais rápido possível, sendo o tempo de evolução fundamental para melhor prognóstico visual. Existem várias técnicas para o reposicionamento da retina, dentre elas:

  • Retinopexia com introflexão: consiste na cirurgia sem entrar propriamente no olho. Inclui a passagem de cinta ao redor do olho e drenagem do líquido subretiniano por via externa. Apresenta alta taxa de sucesso em casos iniciais de descolamento de retina, especialmente nos quais não há proliferação vitreorretiniana.
  • Vitrectomia pars plana: Consiste na correção do descolamento de retina por via de acesso intraocular. Os avanços na técnica cirúrgica, instrumental e aparelhos tornaram-na cirurgia de primeira escolha pela maioria dos cirurgiões de Vítreo e Retina com alta taxa de sucesso. O prognóstico visual é variável para cada caso, de acordo com a gravidade do descolamento de retina.

4 – Membrana epirretiniana

A membrana epirretiniana consiste em tecido fibroso que cresce sobre a área macular levando ao enrugamento da retina, edema e consequente piora visual. A avaliação pré operatória da membrana epirretiniana deve ser feita através de avaliação clínica e tomografia de coerência óptica. Sua conformação neste último exame está diretamente relacionada com o prognóstico visual. O tratamento é cirúrgico, por meio da vitrectomia pars plana com peeling de membrana por meio de pinça intraocular. A visão costuma melhorar em 2 a 3 linhas de visão, sendo a avaliação pré operatória fundamental para determinar o prognóstico visual.

5 – Cirurgia de Buraco Macular

O buraco macular determina baixa de acuidade visual e é mais comum em indivíduos com idade acima de 40 anos. Acomete a região central da retina prejudicando especialmente a visão de leitura. O buraco macular consiste em patologia que piora progressivamente, a medida que o buraco aumenta de tamanho. A correção é cirúrgica por meio da vitrectomia pars plana com peeling da membrana limitante interna com pinça intraocular. Consiste em cirurgia delicada e o resultado visual deve ser discutido antes do procedimento, pois é dependente da conformação anatômica pré-operatória.

 SEDE CENTRO: Rua Barão Do Rio Branco, N° 63, Edifício Barão, 11° Andar - Sala 1106.    (41) 3222 9933 / 3232 8885

 SEDE CENTRO CÍVICO: Av. Candido De Abreu, N° 70, Edifício Ccc, Bloco Corporativo, 6° Andar - Sala 64.    (41) 3072 0109 / 3072 0509 / 3072 0909